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Um início de conto

Era a primeira vez que perdera completamente os princípios, os valores, os escrúpulos. Ou será que não? Maquiavel, diga-me, fins justificam meios? Tudo dentro dele o recriminava. Ah, consciência, coisa chatinha, né. Bem, então vou contar esta história do começo para vocês, senão não entenderão. Aí vocês decidem em suas mentes o que ele fará...

Desde o acidente nunca havia sido a mesma coisa. Largou o violão num canto, os livros nunca mais foram lidos, somente remoía as coisas que ocorreram. E, claro, o laudo da perícia: sabotagem. Sabotagem que matou o melhor amigo. E é assim que a pequena história começa.
A primeira coisa que eu preciso dizer é que a aceitação levou o tempo normal. Todos pensavam que pela proximidade dele e do amigo, ia demorar anos. Ao menos uma casca criou-se rapidamente impedindo os comuns ataques de dor assustarem muito... O que alguém o aconselharia? Enfrentar a dor? Bem, foi assim que ele fez. Fez da dor um motivo pra continuar. Para se fortalecer. Acho que lia muito Nietzsche.

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