As luzes da cidade - que já não incomodavam mais, pelo contrário, fascinavam - o entretiam, amarrando a atenção, contraindo a pupila. A fronte, franzida; resultava da enxaqueca que teimava em aparecer, mesmo não tendo sido convidada. Observar o anoitecer da janela não era refresco pra dor que esta infeliz "penetra" causava. Mas era algo bom pra descansar das loucuras do dia-a-dia.
O ânimo surgia ao observar que havia um mundo lá fora. Era preciso lutar contra um ser que conhecia, interno, um medo que surgia de vez em quando. O receio de enfrentar o medo de perder. De dar tudo errado. Um medo irracional, concordava. Ah, mas fale a um gato que foi escaldado pra molhar-se, mesmo que na água fria... E era um pouco do que ocorria.
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