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e...

Nos olhos antes marejados, via-se uma resignação nunca antes vista. Uma fé, talvez. Principalmente, uma força. Já havia perdido muito, caminhado mais ainda, rumo ao que nem ele mesmo sabia o que era. "Um sonho, e por sonhos, devemos ir longe". As olheiras, deixadas pelas diversas horas de histeria - choro, na realidade. Não era forte o suficiente para assumir que chorava -, as muitas horas longe de si mesmo. Esperava alguma coisa, que parecia nunca chegar, ele parecia nunca ter o suficiente. "Keep going".
Não se satisfazia com pouco. Continuava a caminhar, e caminhar, e caminhar. Isto quando os problemas davam descanso a ele - e quando ele mesmo deixava-se descansar de si mesmo. No fundo, se culpava por alguns obstáculos e por todas as muitas perdas. E guardava tudo aquilo. Guardava em seu âmago, em seu íntimo. Fingia não existir. Exceto, claro, quando isto tudo juntava-se e não havia espaço para mais nada. Explodia, explodia, ficava lívido de raiva. Mas continuava.
E parecia que ele não queria parar. Até que.

"Vinde, voltemos ao Senhor, pois Ele nos despedaçou, e nós sarará" (Oséias 6)

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